Bem-vindo ao meu círculo nostálgico vicioso!

(In)tolerância.

Da janela de meu apartamento, eu observava o mundo lá fora. As pessoas corriam apressadas, deixando passar talvez um grande amor. Os jovens seguiam um modismo que roubava de suas mentes toda a identidade que neles restava. Da janela de meu apartamento, observava pessoas iguais, com apenas dois ou três traços que os diferencie. Observava os revoltosos agindo de forma imprudente e sendo levados a caminho da prisão. Havia guerra, desordem e feridos. Havia morte e cheiro de morte e barulho de morte. Havia caos e dor, lágrimas e desesperanças. Onde eles queriam chegar? Quem eram os vilões? Da janela de meu apartamento eu não passava. As pessoas lá fora, não notavam minha presença eu apenas os observava, eu poderia ler suas mentes aproximando-se numa rotina tão monótona. Via homens com uma mulher diferente a cada noite e ouvia gritos e sirenes. O jornal era entregue, mas eu não descia para buscar. A noite chegava e meus pés se cansavam de ficar ali, parado, na janela de meu apartamento. O telefone não tocava e se tocava, fingia não estar. A secretária eletrônica registrava a voz quase desistente de Jane que lutava agora, não desistindo de mim. Eu havia desistido dela e desistindo dela, desisti de mim.

2 Respostas

  1. Line.

    Eu sempre escrevo e-mail no nome e o nome no e-mail, shit.

    Lindo!

    novembro 27, 2010 às 10:17 pm

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